Um ano depois, jovens ameaçam, voltar a atormentar as noites francesas. O que terá mudado desde aquelas, longíquas três semanas de Outubro/Novembro de 2006, para este ano? O que terá melhorado? O que terá piorado? Os jornais internacionais, já estão preparados para tudo o que possa acontecer nestes próximos dias, com boletins e reportagens especiais, sobre os acontecimentos do último ano. Entrevistas, entrevistas, e mais entrevistas. Basicamente todas dizem o mesmo. As coisas estão iguais, e que embora queimar carros e gerar o pânico por todo o país, não seja a melhor ideia, é, de facto, a única. Única em todos os sentidos. Única na forma de ser. Única forma de serem ouvidos. E enquanto os media tentam relembrar estes acontecimentos, os jovens franceses, não perdem tempo, e começaram pelas manifestações, em Paris, marcando o aniversário do falecimento dos dois jovens, eletrocutados, quando supostamente fugiam da polícia, e que funcionou como ignição para a revolta social, fazendo lembrar que eles não morreram em vão. O problema é que não se ficaram por aqui. Em Paris, ontem, já começaram a ser desviados, e posteriormente incendiados, autocarros. Os jovens estão aqui para nos lembrar também...
A mim não me interessam essas questões menos importantes. Eu quero é saber, quantos carros vão ser incendiados este ano? Porque segundo me informei, já andam ai apostas ilegais, e eu apostei nos 1069. Quantas creches e escolas pré-primárias serão incendiadas e destruidas? Quantos dias irão durar os tumultos? E mais, quantos vândalos se vão queixar da repreensão policial depois de queimarem 249 carros, e enquanto se preparavam para incendiar o 300º?
Mas pronto, mais importante ainda, eu quero é saber, quantos dreads irão seguir, o modelo Francês, por cá? Quantos dreads irão mostrar solidariedade pelos seus compadres Franceses? Quantos se irão queixar das faltas de condições na Indústria dos assaltos? Quantos se irão queixar da falta de condições no policiamento do seu bairro?
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